Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Cisteamina no tratamento do Melasma epidérmico / Cysteamine in the treatment of epidermal Melasma

2021; Brazilian Journal of Development; Volume: 4; Issue: 1 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv4n1-296

ISSN

2595-6825

Autores

Tiago Gomes Arouche, Michelle Villas Boas Mualem, Karoliny Maria de Oliveira, Stephanie Cristina Rodrigues Sousa, Izabelle da Silva Oliveira, Levy Chateaubriand Feller, Raylenne Moreira dos Reis, Juliana Souza de Lima,

Tópico(s)

Genetic and rare skin diseases.

Resumo

O melasma é uma desordem comum de hipermelanose em áreas expostas ao sol, de padrão clínico centro-facial, malar oumandibular, usualmente devida a mudanças hormonais, tais como uso de anticoncepcionais e gestação. É mais comum em mulheres e, apesar de acometer todas as raças, prevalece nos fototipos III e IV da escala de Fitzpatrick. A classificação epidérmica corresponde a 70% dos casos, em que é observado aumento de melanina na epiderme basal e suprabasal, com resposta reservada a agentes clareadores. A L-cisteamina é o produto do metabolismo da L-cisteína, sendo um antioxidante intrínseco que promove a quelação de íons de ferro e cobre, além de aumentar a síntese de glutationa intracelular. Como resultado de tais ações ocorre a inibição das enzimas tirosinase e peroxidase, logo inibindo a síntese de melanina. Estudos indicaram maior poder de despigmentação da cisteamina quando comparado com a hidroquinona, sendo útil quando há falha na fórmula de Kligman (combinação de hidroquinona, ácido retinoico e dexametasona). Um estudo duplo-cego randomizado controlado com placebo concluiu a eficácia do uso do creme de cisteaminaa 5% no tratamento do melasma epidérmico, sendo utilizado o Dermacatch como ferramenta precisa de medição colorimétrica da pele. Efeitos adversos incluem eritema, secura, coceira, sensação de queimação e irritação, além de relatos de odor semelhante ao enxofre. Resultados puderam ser observados após 2 a 4 meses de aplicação da substância. Sabendo-se que o melasma é uma desordem de hiperpigmentação da pele difícil de tratar e que muitos pacientes mostram resistência aos produtos despigmentantes atualmente disponíveis, a cisteamina revela-se como uma nova opção terapêutica com comprovado perfil de eficácia e segurança no seu tratamento.

Referência(s)