Disputas territoriales y resignificación colectiva del hábitat. Notas en torno a la producción de lo común desde el caso de Parque Esperanza, Córdoba, Argentina
2020; University of the Bío-Bío; Volume: 38; Issue: 58 Linguagem: Português
10.22320/07196466.2020.38.058.04
ISSN0719-6466
AutoresAna Laura Elorza, Denise Mattioli,
Tópico(s)Latin American Urban Studies
ResumoAs cidades de hoje são caracterizadas por atravessar um processo de aprofundamento das desigualdades sócio-territoriais em função do avanço da materialização espacial do capital financeiro e da apropriação de territórios urbanos como estratégia de rentabilidade. Entretanto, diversos grupos sociais disputam os espaços que o capital captura por meio de estratégias coletivas de resistência e visibilidade de seas problemáticas, destacando a dimensão do “comum”, dado o exercício de sentidos coletivos, colaborativos e / ou comunitários. O objetivo deste artigo é analisar e interpretar a resistência dos moradores que produziram socialmente seus territórios a partir do comum diante de estratégias de expulsão derivadas de processos especulativos de negócios imobiliários, no quadro das particularidades que assume este processo desapropriação na região metropolitana de Córdoba (Argentina). Em particular, apresentamos uma análise sobre o caso do Barrio Parque Esperanza, que frente a um processo de despejo judicial em 2018, resistiu por 14 meses em um processo de resistência coletiva e negociação com o governo regional em direção à efetivação do direito à terra e moradia. A abordagem epistemológica resgata a ideia do diálogo de saberes proposto pelas epistemologias do Sul e descoloniais, pois interessa recuperar as experiências da perspectiva dos atores em seus próprios territórios, em busca de fornecer conhecimento para evidenciar uma situação específica da realidade social caracterizada por processos de fragilidade e, ao mesmo tempo, potencialidade para fertilizar a produção do habitat a partir do comum.
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