
Quem guarda sempre tem algo para revelar
2017; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Issue: 2 Linguagem: Português
ISSN
2525-8354
Autores Tópico(s)Architecture, Art, Education
ResumoEm setembro de 1951, a imprensa brasileira noticiou a inauguracao da I Bienal de Sao Paulo. Diversos periodicos enalteceram a magnitude do evento e sua importância para a difusao de conhecimentos. Outros, em contrapartida, questionaram a validade da iniciativa, a selecao e a premiacao dos trabalhos. Algumas publicacoes, sensiveis aos embates entao existentes entre figuracao e abstracao, veicularam satiras indicativas da incompreensao dos conteudos expostos na secao de artes. Certa dificuldade de entendimento tambem permeou a leitura dos projetos apresentados na Exposicao Internacional de Arquitetura, especialmente em jornais e revistas de grande circulacao. Levando-‐se em conta a fortuna critica sobre as mostras e, mais particularmente, a documentacao amealhada no Arquivo Historico Wanda Svevo da Fundacao Bienal de Sao Paulo, o presente artigo pretende enunciar a recorrente dificuldade de aceitacao ante o desconhecido. Para tanto, apresenta uma breve contextualizacao das Bienais, seus resultados e polemicas, ressaltando-‐se, para alem da recepcao das obras, no sentido proposto por Hans Robert Jauss, os interesses dos agentes responsaveis pela construcao de uma representacao oficial dos fatos, tal como propoe Roger Chartier
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