Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Notas sobre a frescura e a fanchonice em É Fogo na Roupa! (Watson Macedo, 1953)

2020; Brazilian Society of Cinema and Audiovisual Studies; Volume: 9; Issue: 2 Linguagem: Português

10.22475/rebeca.v9n2.701

ISSN

2316-9230

Autores

Jocimar Dias,

Tópico(s)

Literature, Culture, and Criticism

Resumo

Resumo: Este artigo empreende uma releitura queer da chanchada É Fogo na Roupa! (Watson Macedo, 1953). Dividido em três partes, a primeira analisa a personagem afeminada do cabeleireiro Quincas (Antônio Spina) e seu número musical, do ponto de vista de possíveis espectatorialidades de bichas e frescos da época. A trajetória da personagem também é relacionada às relações de trabalho dos homossexuais envolvidos na produção do filme, o diretor Watson Macedo e o roteirista Cajado Filho, e questiona-se a existência tanto de uma “sensibilidade bicha” (denominada “frescura”) quanto o impacto das dinâmicas do armário nas obras produzidas por homossexuais da época, pensando o que seria o “trabalho bicha” nas chanchadas. A segunda é dedicada à análise do personagem implicitamente homossexual Juvenal, interpretado pelo cantor Ivon Cury, e os modos como o filme insiste em encenar seu fracasso em performar uma masculinidade viril hegemônica. A terceira se debruça sobre a personagem Madame Pau Pereira (Violeta Ferraz) e como sua performance masculinizada pode ter sido atraente para espectadoras fanchonas (lésbicas) da época.

Referência(s)