
Malandro é malandro, mané é mané
2013; Volume: 1; Issue: 2 Linguagem: Português
10.20396/muspop.v1i2.12885
ISSN2316-7858
Autores Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoEste trabalho analisa características de uma personagem imortalizada em nossa música popular por Moreira da Silva, o Kid Morengueira: o malandro, que, para DaMatta (1994) se revela, no contexto da sociedade brasileira, "um profissional do jeitinho". O malandro prototípico materializa o que Antonio Candido (2004) denomina de "a dialética da malandragem" – uma espécie de intercambialidade entre um polo da ordem ou das condutas socialmente aceitas e um polo da desordem ou das atitudes ilícitas. Desse encontro do permitido e do proibido surge uma certa ausência de juízo moral, já que para o malandro existe uma relativa correspondência e fluidez entre o mundo da ordem e o mundo da desordem. O malandro não padeceria de conflitos de consciência, porque seus parâmetros de distinção entre o lícito e o ilícito revelam-se relativos e fluidos.
Referência(s)