Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Características epidemiológicas da paralisia cerebral em crianças e adolescentes em uma capital do nordeste brasileiro

2020; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 27; Issue: 4 Linguagem: Português

10.1590/1809-2950/20012527042020

ISSN

2316-9117

Autores

Marcus Valerius da Silva Peixoto, Andrezza Marques Duque, Susana de Carvalho, Társilla Pereira Gonçalves, Ana Paula de Souza Novais, Marco Antônio Prado Nunes,

Tópico(s)

Infant Development and Preterm Care

Resumo

RESUMO O objetivo deste estudo foi descrever a prevalência de paralisia cerebral entre crianças e adolescentes, seus subtipos, as possíveis comorbidades e as características socioeconômicas das famílias. Foi realizado um estudo epidemiológico do tipo transversal a partir de um inquérito de base populacional sobre a paralisia cerebral em crianças e adolescentes na cidade de Aracaju (SE), Brasil. O estudo obteve informações sobre 240 crianças e adolescentes com paralisia cerebral a partir das respostas a um questionário feitas por seus responsáveis. Foi encontrada a prevalência de período de 1,37 em cada mil. Alguns bairros possuem prevalência de três a quatro vezes maior, revelando que a taxa de prevalência total não é um indicador homogêneo. A maioria dos participantes foi do sexo masculino (56,25%), de raça/cor declarada como parda ou preta (67,50%), sendo que a média de idade foi de 8,56 anos. A paralisia cerebral de tipo espástica bilateral foi a mais frequente (45,42%) e a comorbidade referida na maioria dos casos foi a epilepsia (48,33%). A renda familiar mensal correspondia a $252,87 dólares. O estudo revelou que as crianças e adolescentes com paralisia cerebral são, em grande parte, pertencentes a minorias sociais, de raça/cor parda ou preta, e suas famílias vivem na linha da extrema pobreza.

Referência(s)