
Tratamento das fraturas complexas agudas da extremidade proximal do úmero com o uso de hemiartroplastia
2013; Thieme Medical Publishers (Germany); Volume: 48; Issue: 1 Linguagem: Português
10.1016/j.rbo.2012.07.002
ISSN1982-4378
AutoresBruno Lobo Brandão, Marcus Vinícius Galvão Amaral, Márcio Cohen, Rickson Guedes de Moraes Correia, Carlos Henrique Gazineu Abdenur, Martim Monteiro, Geraldo Rocha Motta Filho,
Tópico(s)Trauma Management and Diagnosis
ResumoAvaliar os resultados funcionais e radiográficos dos pacientes submetidos à hemiartroplastia para tratamento das fraturas complexas da extremidade proximal do úmero. Foram incluídos 67 pacientes, com seguimento que variou entre 12 e 62 meses. A média de idade foi de 65 anos (44 a 88) e 47 pacientes eram do sexo feminino (70%). Os pacientes foram avaliados clinicamente por meio da avaliação da amplitude de movimentos (ADM) e do escore funcional da University of California Los Angeles (UCLA). A avaliação radiográfica foi feita de forma padronizada com divisão dos pacientes em dois grupos: A (consolidação do tubérculo maior em posição anatômica) e B (ausência de consolidação anatômica do tubérculo maior). Na análise estatística consideramos significativos os achados com p < 0,05. A pontuação média do UCLA foi de 26 pontos, com média de oito pontos para dor e 64 pacientes satisfeitos subjetivamente (96%). Na avaliação da amplitude de movimento (ADM) ativa encontramos uma média de 104° de flexão anterior e 36° de rotação lateral. No grupo A, com 33 pacientes, encontramos uma média de 122° de flexão anterior e pontuação média da UCLA de 29,5. No grupo B as médias foram de 87° para flexão anterior e de 22,7 pontos para a UCLA. Comparando esses parâmetros encontramos diferenças estatisticamente significativas tanto para a flexão anterior (p < 0,001) quanto para a UCLA (p < 0,001). A hemiartroplastia no tratamento das fraturas complexas da extremidade proximal do úmero apresenta alto índice de satisfação subjetiva e um resultado favorável com relação à dor. Um resultado funcional satisfatório é menos previsível e depende do restabelecimento preciso da morfologia da extremidade proximal do úmero, especialmente da consolidação anatômica do tubérculo maior. Evaluate the clinical and radiological results of hemiarthroplasty for treatment of complex proximal humerus fractures. Sixty-seven patients were included, with follow-up of 12 to 62 months. Mean age was 65 years (44 to 88), and 47 patients were female (70%). Clinical assessment was performed using the University of California Los Angeles score (UCLA) and measurement of range of motion (ROM) according to the American Academy of Orthopaedic Surgeons criteria. A standardized radiological evaluation was conducted, with special attention to healing and position of tuberosities. Patients were divided into two groups: A (anatomical healing of tuberosities) and B (without anatomical healing of tuberosities). Statistical analyses were performed using the t test. Level of significance was set at p < 0.05. Considering the entire sample, the mean UCLA score was 26 points, with 8 points for pain and 64 patients subjectively satisfied (96%). The mean values for active ROM were 104° of forward flexion and 36° of external rotation. In group A, with 33 patients, we found a mean of 122° forward flexion and 29.5 points on UCLA. In group B the mean forward flexion were 87° and 22.7 points for UCLA. Comparing these parameters in the two groups, we found statistically significant differences for both forward flexion (p < 0.0001) and UCLA (p < 0.0001). We conclude that hemiarthroplasty for treatment of complex proximal humerus fractures has a low incidence of complications and a high subjective satisfaction rate, with favorable results related to pain. A good functional result is less predictable and depends on anatomical reestablishment of proximal humerus anatomy, particularly healing of the greater tuberosity.
Referência(s)