Drogadição: o que lemos na revista?
2021; Institutos Superiores de Ensino do CENSA; Volume: 11; Issue: 30 Linguagem: Português
10.25242/8876113020212077
ISSN2236-8876
AutoresÉrica H. Ribeiro-Andrade, Gabriela Fagundes Altoé Alberico, Pedro Henrique de Almeida Silva, Millena Gomes Mambreu de Freitas,
Tópico(s)Youth, Drugs, and Violence
ResumoA intenção desta pesquisa é o de apresentar a avaliação do perfil das informações sobre drogadição veiculadas na Revista VEJA, tentando compreender a forma de produção de subjetividades nas mesmas. Analisou-se todas revistas VEJA publicadas nos últimos três anos, compreendendo as edições de janeiro de 2016 até julho de 2019. Era fundamental que a matéria publicada apresentasse informações de qualquer tipo sobre drogas, drogadição ou estudos envolvendo substâncias químicas ilícitas. Quanto as drogas lícitas, à exceção de matérias sobre álcool e tabaco, manteve-se na amostra somente os estudos que associavam as substâncias à uma realidade de dependência. Ao final da aplicação destes filtros, vinte e oito matérias foram localizadas, lidas na íntegra e organizadas numa tabela contendo a data e a edição da revista, o título da matéria e a ideia central apresentada. Desenvolveu-se uma análise de cada uma das matérias associadas aos analisadores. Foi possível confirmar a ideia de uma imagem negativa do uso de substâncias químicas no imaginário social. Destaca-se o fato de que as publicações sobre as celebridades em sua relação com as drogas ganham maior proeminência do que matérias sobre prevenção ou tratamento. As menções ao cigarro eletrônico expressavam tanto benefícios do uso por um viés de redução de danos, quanto os malefícios do uso e a possibilidade de desenvolvimento de novas adicções. Todavia a completa inexistência de matérias sobre as diversas modalidades de tratamento e reabilitação do sujeito drogadicto, pode indicar, ainda que não exclusivamente, uma negligência deste importante veículo de informação.
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