
Covid-19 no nordeste do Brasil: entre o lockdown e o relaxamento das medidas de distanciamento social
2021; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SAÚDE COLETIVA; Volume: 26; Issue: 4 Linguagem: Português
10.1590/1413-81232021264.39422020
ISSN1678-4561
AutoresRicardo Arraes de Alencar Ximenes, Maria de Fátima Pessoa Militão de Albuquerque, Celina Maria Turchi Martelli, Thália Velho Barreto de Araújo, Demócrito de Barros Miranda-Filho, Wayner Vieira de Souza, Maria Yury Ichihara, Pedro Israel Cabral de Lira, Lígia Regina Franco Sansigolo Kerr, Estela M. L. Aquino, Antônio Augusto Moura da Silva, Rosa Lívia Freitas de Almeida, Carl Kendall, Júlia Moreira Pescarini, Sinval Pinto Brandão-Filho, Naomar de Almeida Filho, Juliane F. Oliveira, Carlos Teles, Daniel Cardoso Pereira Jorge, Guilherme Santana, Lígia Gabrielli, Moreno S. Rodrigues, Natanael de Jesus Silva, Rafael Souza, Vivian Alessandra Ferreira da Silva, Maurício L. Barreto,
Tópico(s)COVID-19 impact on air quality
ResumoResumo Mesmo no período em que a pandemia de Covid-19 encontrava-se em crescimento no Nordeste do Brasil, iniciou-se a adoção de medidas de flexibilização do distanciamento social. O objetivo do estudo é o de avaliar a pertinência das propostas de flexibilização, tomando-se em conta a situação da pandemia em cada local e o momento em que foram adotadas. Tendo como referência as diretrizes da OMS, foram construídos e analisados indicadores operacionais para cada diretriz, no contexto da região Nordeste. Para análise do comportamento da epidemia, conforme indicadores selecionados, foram usadas técnicas de Joinpoint Trend Analysis, mapas de calor, razão de taxas e comparação da tendência temporal entre capitais e interior dos estados. O pico do crescimento semanal ocorreu em maio-julho/2020 (semanas epidemiológicas 19 a 31). Na maioria das capitais não se observou tendência decrescente simultânea do número de casos e óbitos nos 14 dias prévios à flexibilização. Em todos os estados o quantitativo de testes realizados foi insuficiente. Na semana epidemiológica 24 os percentuais estaduais de ocupação de leitos de UTI/Covid-19 foram próximos ou superiores 70%. A situação epidemiológica das nove capitais dos estados do Nordeste, no momento em que a decisão de flexibilização foi tomada, mostra que nenhuma delas atendia aos critérios e parâmetros recomendados pela OMS.
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