ARQUITETURA, TECNOLOGIA E SUBJETIVIDADE: ANÁLISE DO FILME MON ONCLE DE JACQUES TATI
2020; Volume: 15; Issue: 4 Linguagem: Português
ISSN
2178-5961
AutoresAlexandre Machado Santana, Núbia Santanna Vieira, Sergio Rafael Cortes de Oliveira, Yasmin Cruz Gomes,
Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoEste artigo apresenta uma analise de conteudo do filme frances Mon Oncle (1958) de Jacques Tati. A obra retrata as dicotomias entre Monsieur Hulot e sua familia – os Arpel – e as mudancas da cidade tradicional francesa ocasionadas pelas grandes transformacoes da Europa apos a Segunda Guerra Mundial. A trama tem como plano de fundo uma satira comica as formas de morar, a urbanidade e ao comportamento humano, abordando questoes contemporâneas a epoca. Para a construcao de uma analise que tornasse visivel esses enfoques, foram averiguadas as relacoes com Arquitetura, tecnologia e subjetividade, segundo trechos especificos dessa obra. O agrupamento de cenas permitiu identificar a percepcao de Tati sobre o movimento moderno que distanciava a Franca, naquele momento, das referencias historicistas. Com essa compreensao foi possivel avaliar a relacao direta do ambiente construido com os aparatos tecnologicos empregados na residencia apresentada no filme – a Villa Arpel – e o quanto essa uniao foi nociva para o cotidiano da familia de Hulot. A utilizacao de um programa arquitetonico distante das necessidades dos usuarios fez com que a casa fosse palco de muitos conflitos, afastando os moradores e os visitantes de criar um vinculo afetivo com a residencia. O presente estudo visa contribuir para o adensamento dos debates sobre as tematicas supracitadas, fazendo a aplicacao da literatura especifica de processo de projeto em Arquitetura, tecnologia e subjetividade, podendo assim extrair discussoes atuais do longa-metragem, mesmo que sua narrativa tenha ocorrido em meados do seculo XX e propiciando reflexoes atuais sobre o ser humano e o espaco construido.
Referência(s)