
UM PANORAMA DAS RECEITAS DE DIREITOS DE MINERAÇÃO NA AMAZÔNIA BRASILEIRA E REFLEXÕES SOBRE INDICADORES SOCIOECONÔMICOS
2021; UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ; Volume: 17; Issue: 1 Linguagem: Português
10.54399/rbgdr.v17i1.6168
ISSN1809-239X
AutoresThamires Beatriz dos Santos Caitano, Mônica Moraes Ribeiro, Gundisalvo Piratoba Morales, Altem Nascimento Pontes,
Tópico(s)Academic Research in Diverse Fields
ResumoA mineração contribui para o crescimento econômico de muitos países onde esta atividade é desenvolvida. No Brasil, a mineração é um dos principais setores da economia e desempenha um papel importante na balança comercial do país. A Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) é um importante meio de receita pública dentro do setor mineral, que deve ser empregado em benefício da comunidade local por meio de investimentos em infraestrutura, saúde, educação e qualidade ambiental. Analisamos a arrecadação do CFEM de 2011 a 2018 nos estados da Amazônia Legal que correspondem à Região Norte do Brasil (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e verificamos se as receitas têm reflexo nos indicadores socioeconômicos . Para tanto, utilizamos dados da Agência Nacional de Mineração (NMA), do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e do Índice de Desenvolvimento Municipal da FIRJAN (FMDI). Este estudo mostrou que, entre os estados, o Pará teve a maior receita da CFEM no período analisado, mas também os menores índices de desenvolvimento humano da Região Norte. Além disso, o principal município minerador - Parauapebas - apresentou taxas de desenvolvimento moderadas, abaixo do esperado para um estado que recebe a maior quantidade de royalties de mineração, que vêm principalmente da exploração de minério de ferro. Portanto, este estudo confirma uma gestão pública ineficaz no país quanto à utilização das receitas do CFEM na Amazônia brasileira, com contribuição insignificante para o seu desenvolvimento, chamando a atenção para a necessidade de discutir possíveis soluções para este problema.
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