Artigo Acesso aberto Produção Nacional

SILÊNCIO E EXÍLIO EM A MAÇÃ NO ESCURO, DE CLARICE LISPECTOR

2020; Volume: 09; Issue: 02 Linguagem: Português

10.5212/muitasvozes.v.9i2.0006

ISSN

2238-7196

Autores

Wlademir Oliveira, K. C. PACHECO,

Tópico(s)

Memory, Trauma, and Testimony

Resumo

Neste texto, objetivamos, a partir da leitura do romance A maça no escuro (1970), de Clarice Lispector, abordar temas como testemunho e exílio, refletindo sobre essas caracterizações a partir do crime da personagem principal, Martim – tentativa de assassinato de sua esposa – e sua consequente fuga (assim, por ser um fugitivo, Martim tenta esconder seu passado, embora não sinta culpa por seu ato). Desse modo, analisamos sua condição quase amoral e sua recusa de falar/testemunhar sobre sua experiência, assim como também refletimos sobre seu novo mundo (na fuga, encontra uma fazenda, em que se abriga) não como reapropriação, mas como recusa e potência da negação. A partir dessa experiência, pensamos que seja possível apontar um espaço em exílio, que surge a partir do silêncio e perda da linguagem. Para tanto, neste trabalho, apoiamo-nos, principalmente, nos autores Giorgio Agamben (2008), Jean-Luc Nancy (1996) e Maurice Blanchot (2003).

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