
A detecção de substâncias cancerígenas em estudos experimentais
2023; Volume: 40; Issue: 1 Linguagem: Português
10.32635/2176-9745.rbc.1994v40n1.2964
ISSN2176-9745
AutoresJoão Lauro Viana de Camargo, Maria Luiza Cotrim Sartor de Oliveira, Noeme Sousa Rocha, Nobuyuki Ito,
Tópico(s)Carcinogens and Genotoxicity Assessment
ResumoAtualmente, o método mais importante para a identificação de agentes químicos cancerígenos é o teste de longa duração in vivo, com roedores. No Brasil não há condições para a sua execução, devido à inexistência de especialistas e de infra-estrutura adequada. Em conseqüência, o país é dependente dos conhecimentos gerados no exterior sobre o risco que determinados compostos químicos impõem às populações e ao meio ambiente. Por outro lado, as desvantagens inerentes ao protocolo deste teste, como a complexidade na execução, o tempo prolongado para obtenção das conclusões e custo elevado, entre outras, levam à procura de alternativas mais convenientes. No presente trabalho são apresentados dois testes in vivo para detecção de cancerígenos químicos em ratos, que têm como vantagens o tempo de execução e o custo, menores que os do teste convencional. Os sistemas propostos têm só-o-fígado ou vários-órgãos-simultãneos como órgãos-alvo do eventual cancerígeno. Ambos os testes foram avaliados respectivamente com centenas e dezenas de substâncias químicas e reproduziram os resultados já obtidos em testes de longa duração, mostrando forte consistência biológica. Os autores destacam as vantagens de sua adoção em países como o Brasil e propõem sua inclusão na seqüência de testes necessários para caracterizar um agente químico como cancerígeno.
Referência(s)