Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Febre amarela e epidemias: configurações do problema ao longo do tempo

2021; UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ; Volume: 13; Issue: 29 Linguagem: Português

10.33871/nupem.2021.13.29.36.71

ISSN

2176-7912

Autores

Jaime Larry Benchimol,

Tópico(s)

Mosquito-borne diseases and control

Resumo

O artigo examina a história das ideias sobre a febre amarela e o modo de combatê-la. Teorias miasmáticas, depois teorias microbianas concorrentes foram postas abaixo na virada do século XIX para o XX, quando prevaleceu aquela que norteou as campanhas de Oswaldo Cruz e outros sanitaristas. A febre amarela passou a ser vista como doença transmitida por uma única espécie de mosquito, com agente causal desconhe-cido, um único hospedeiro vertebrado (homem), grassando sobretudo nas cidades portuárias populosas das zonas quentes do planeta. Combatê-la havia significado alterar o ambiente que produzia os miasmas, depois neutralizar a suposta bactéria por meio de vacinas, desinfecções e do isolamento dos doentes; agora significava combater um mosquito nas cidades litorâneas da América e da costa ocidental da África. Na virada dos anos 1920 para os 1930, nova reviravolta: a febre amarela transformou-se em doença primaria-mente silvestre, causada por um vírus, tendo vários hospedeiros vertebrados e insetos vetores.

Referência(s)