
Monstro e bruxa: feminismos na canção brasileira contemporânea
2020; UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS; Issue: 66 Linguagem: Português
10.28998/2317-9945.2020v0n66p381-397
ISSN2317-9945
AutoresEduarda Rocha Góis da Silva, Susana Souto Silva,
Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoA cancao e o poema tem uma longa e amorosa relacao. No Brasil, muitos poemas foram musicados e muitas composicoes dialogam com a nossa vasta producao poetica. A circulacao do poema pode dar-se em diversos meios e suportes. Ela pode chegar ate o/a seu/sua receptor/a em um livro impresso, modo privilegiado pelas pesquisas academicas, ou sustentada pela voz de um/a cantor/a. Este texto nao estabelece distincoes hierarquicas entre cancao e poema, tratando-os igualmente como produtos simbolicos pertencentes ao universo da palavra em sua dimensao estetica e, em meio a mudancas significativas na cena musical e literaria brasileira, neste inicio de milenio, tem como objetivo analisar as letras das cancoes Eu sou um monstro, do disco Selvatica (2015), de Karina Buhr; e Joana Dark, do disco Tranca (2018), de Ava Rocha, a fim de discutir como a cancao contemporânea vem contribuindo para a refletir acerca da desconstrucao de estereotipos de genero operados na sociedade brasileira. Essa analise breve se faz em dialgo com a proposicoes teoricas de Silvia Federeci (2018), Naomi Wolf (1991), Rebecca Solnit (2013), entre outras.
Referência(s)