Artigo Acesso aberto Revisado por pares

O Capitalismo de vigilância e a lei geral de proteção de dados

2021; Associação Brasileira de Pesquisadores em Sociologia do Direito; Volume: 8; Issue: 2 Linguagem: Português

10.21910/rbsd.v8i2.455

ISSN

2359-5582

Autores

Ana Carolina Batista Morellato, André Filipe Pereira Reid dos Santos,

Tópico(s)

Brazilian Legal Issues

Resumo

As informações que as empresas possuem sobre os seus clientes na maioria dos casos ultrapassa o armazenamento de dados cadastrais ou de contato, uma vez que o avanço da tecnologia sob o monopólio do capitalismo informacional tem produzido uma demanda insaciável do mercado financeiro transnacional pelos dados pessoais dos cidadãos em geral. As ferramentas de coletas de dados e reconhecimento, cada vez mais aprimoradas, têm sido empregadas na adoção de estratégias vigilantes de grandes empresas para codificar e monetizar o comportamento dos consumidores. No Brasil, a nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estabelece uma série de critérios aos mais variados setores do empresariado, no intuito de balizar a utilização de dados pessoais para garantir a privacidade e os direitos fundamentais dos seus titulares. Indaga-se, assim, se alguns dos principais pilares da atual discussão regulatória (anonimização e consentimento) de fato viabilizam a tutela dos cidadãos brasileiros dentro do desafiador contexto de aceleração dos fluxos de informação e mercadorias dessa nova fase do capitalismo global.

Referência(s)