Artigo Acesso aberto

O papel da Psilocibina no tratamento de depressão resistente / The role of Psilocybin in the treatment of resistant depression

2021; Brazilian Journal of Development; Volume: 4; Issue: 2 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv4n2-395

ISSN

2595-6825

Autores

Giovanni Pereira Pio, Aline Moreira Vitorino, Naira Braga Aidar, Alissa Amoras Magalhães, Eduardo Cammerer Mombelli, Gabriela Marques Ferraz, Rodrigo Pereira Pio,

Tópico(s)

Psychology and Mental Health

Resumo

Introdução: A depressão é um transtorno psiquiátrico caracterizado por episódios agudos ou recorrentes de humor deprimido e perda de interesse ou prazer, levando a prejuízos funcionais ao paciente. A psilocibina é uma droga psicodélica com propriedades alucinógenas e serotoninérgicas derivada de cogumelos do gênero Psilocybe . Estudos recentes demonstram potenciais efeitos terapêuticos dessa substância em pacientes com depressão refratária. Metodologia: Realizou-se uma revisão sistemática, com busca ativa de artigos, na biblioteca Pubmed. A estratégia de busca para a biblioteca utilizou a pesquisa com os descritores: “psilocibina”, “depressão”, “tratamento” e seus correspondentes na língua inglesa. Foram filtradas publicações em todos os períodos. Dentre os 88 estudos inicialmente filtrados, foram selecionadas 8 publicações que mais se adequaram à temática e que apresentavam maior relevância. Foram excluídos estudos com metodologias contestáveis e estudos diferentes de Ensaios Clínicos; Revisões Sistemáticas; Meta-Análises e Testes Controlados Randomizados, além dos trabalhos publicados em revista com Qualis inferior à B3. Discussão: A psilocibina é um agonista do receptor de serotonina e um psicodélico clássico encontrado em alguns cogumelos. O efeito psicodélico dessa droga é mediado especificamente pelo agonista do receptor de serotonina (5-HT2A), com algum efeito em receptores (5-HT1A e 5-HT2C), sem efeitos diretos em receptores dopaminérgicos. Esse fármaco atua no córtex pré-frontal medial, reduzindo seu fluxo sanguíneo e normalizando sua hiperatividade. Este mecanismo altera a atividade cerebral indutora do humor depressivo. Desta maneira, a substância caracteriza uma nova farmacocinética entre os antidepressivos, visto que os inibidores seletivos da recaptação de serotonina não são agonistas diretos do receptor 5-HT2A. Conclusão: A psilocibina tem potencial terapêutico promissor no campo do tratamento para depressão resistente. Contudo, destaca-se a necessidade de pesquisas com maiores amostras de voluntários, principalmente no que diz à sua aplicabilidade, assim como determinar uma dose mais eficaz.

Referência(s)