
Hanseníase no contexto da Estratégia Saúde da Família em cenário endêmico do Maranhão: prevalência e fatores associados
2021; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SAÚDE COLETIVA; Volume: 26; Issue: 5 Linguagem: Português
10.1590/1413-81232021265.04032021
ISSN1678-4561
AutoresFernanda de Castro Lopes, Antônio Carlos Vieira Ramos, Lívia Maia Pascoal, Floriacy Stabnow Santos, Isaura Letícia Tavares Palmeira Rolim, Maria Aparecida Alves de Oliveira Serra, Leonardo Hunaldo dos Santos, Marcelino Santos Neto,
Tópico(s)Health, Nursing, Elderly Care
ResumoResumo Este estudo objetivou descrever a prevalência da hanseníase e verificar os fatores associados às formas clínicas multibacilares em cenário da Estratégia Saúde da Família, prioritário para o controle e a vigilância da doença no nordeste brasileiro. Trata-se de estudo transversal, que utilizou dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação relativos aos casos de hanseníase notificados em Imperatriz, Maranhão, entre 2008 e 2017. Determinaram-se as prevalências a cada ano e para o período. Para associar as variáveis e as formas clínicas multibacilares, utilizaram-se modelos de regressão de Poisson, com nível de significância de 5%. Dos 2.476 casos de hanseníase analisados, a maioria referiu-se às formas clínicas multibacilares. A prevalência variou entre 15,6 e 7,8/10 mil habitantes, encontrando-se níveis alto e muito alto de endemicidade. As variáveis sexo masculino, faixas etárias entre 30 e 59 anos e ≥60 anos, escolaridade <8 anos, grau 2 de incapacidade física, episódio reacional tipos 1 e 2 e zona de residência urbana apresentaram associações significativas (p≤0,05) com as formas clínicas multibacilares. Tais achados podem servir de base para elaboração e implementação de medidas de controle e vigilância da hanseníase, direcionando as ações para os grupos mais vulneráveis e tornando-se mais efetivas.
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