Ceratite eosinofílica em felino: relato de caso / Eosinophilic keratitis in feline: case report
2021; Brazilian Journal of Development; Volume: 7; Issue: 4 Linguagem: Português
10.34117/bjdv7n4-464
ISSN2525-8761
AutoresIarla Scarlet Rocha De Oliveira, Nathalie Moro Bassil Dower, Lianna Ghisi Gomes, Paulo Roberto Spiller, Fernanda Viccini, Juliana Evangelista Bezerril, Priscila Chediek Dall’Acqua, Andresa de Cássia Martini,
Tópico(s)T-cell and Retrovirus Studies
ResumoOs felinos desenvolvem doenças restritas a espécie, o que geralmente leva a respostas inflamatórias moderadas. Dentre essas alterações exclusivas da espécie felina podemos destacar a CEF A ceratite eosinofílica felina (CEF) se manifesta através de uma massa que surge do limbo nasal ou temporal, córnea periférica e conjuntiva bulbar, de característica branca a rosada, irregular, vascularizada e edemaciada. A causa da CEF ainda é incerta, porém, possui correlação com resposta imunomediada, levantando a possibilidade de o herpes vírus felino (FHV-1) ter atuação na patogenia. O objetivo desse relato, é a descrição de um caso de CEF, em felino, fêmea, 4 anos, ressaltando a importância do diagnóstico e tratamento corretos. O animal foi atendido por serviço oftálmico especializado, após diversas tentativas de tratamentos anteriores e segundo a tutora, o animal apresentava vermelhidão e a presença de uma membrana na superfície ocular direita a vários dias. Ao exame oftálmico foi observado blefarite em olho direito (OD), hiperemia conjuntival em OD, reflexo de ameaça presente, reflexo pupilar direto e consensual presentes e pressão intraocular (PIO) 12 mmHg em OD e 15 mmHg em olho esquerdo (OS), teste de Jones positivo e notou-se em superfície de OD presença de celularidade eosinofílica que não permitia a visualização da câmara anterior. Os mesmos exames oftálmicos em (OS) não denotaram nenhuma alteração. Para certificação da suspeita diagnóstica foi realizada citologia ocular que apontou resultado compatível com quadro de ceratite eosinofílica felina. Adotado tratamento tópico do OD com os colírios, predfort®, 1 gota, QUID, tacrolimus 0,03%, 1 gota, BID e Adptis fresh, 1 gota, TID, todos realizados durante 15 dias consecutivos. Após 15 dias de tratamento o animal retornou ao serviço veterinário demonstrando significativa melhora do quadro que o levou ao atendimento inicial, e optou-se pela manutenção do colírio de tracrolimus 0,03%, 1 gota, BID em olho direito por mais 15 dias. É possível concluir através deste relato que a Ceratite eosinofílica felina é uma patologia de grande relevância na clínica oftálmica de felinos uma vez que existe grande incidência entre gatos do Herpes vírus felino e esse possivelmente estar relacionado a evolução da CEF. Sendo que o seu diagnóstico e adoção de tratamento corretos são de grande importância para o prognóstico favorável do quadro, acarretando sucesso terapêutico e qualidade de vida ao animal.
Referência(s)