Marie Laurencin no Brasil: imprensa, marchands e a circulação global da arte moderna entre centros urbanos
2021; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA; Volume: 28; Issue: 47 Linguagem: Português
10.5007/2175-7976.2021.e75286
ISSN2175-7976
AutoresLetícia Asfora Falabella Leme,
Tópico(s)Sociology and Education in Brazil
ResumoEste artigo busca refletir acerca da valorização da pintura de Marie Laurencin no Brasil nas décadas de 1940 e 1950, com base na análise do papel da imprensa e dos marchands nos circuitos urbanos internacionais, por meio dos quais transitaram suas obras durante a primeira metade do século XX. Com o desenvolvimento do mercado de arte moderna, aliado a um mundo cada vez mais globalizado, os caminhos das obras modernistas rompem com as fronteiras nacionais. Laurencin, artista ligada socialmente ao grupo cubista, desfruta de um lugar privilegiado nesse cenário e tem sua arte importada como parte da empreitada vanguardista em direção ao mercado global. No Brasil, a circulação de sua obra é discriminada por uma presença frequente de menções ao seu trabalho na imprensa. Espera-se, ao traçar uma breve reflexão acerca da circulação de suas obras na França, na Alemanha e nos Estados Unidos, compreender, de maneira clara, o processo identificado no país e integrá-lo às redes de produção e difusão globais da arte moderna. Conclui-se que a valorização da artista passou pela atuação da imprensa, dos críticos e marchands e que, da mesma forma, seu esquecimento passa por um processo de exclusão e silenciamento na historiografia da arte do século XX.
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