Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Acerca da musealização da dor

2020; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS; Volume: 1; Issue: 2 Linguagem: Português

10.20396/rhac.v1i2.13976

ISSN

2675-9829

Autores

Luciano Chinda Doarte,

Tópico(s)

Urban and sociocultural dynamics

Resumo

A pesquisa ora apresentada se ocupa das relações entre raça, arte, museu, patrimônio e o tema da violência histórica tendo como objeto de análise as três obras sob o título Pedras Portuguesas e a instalação Brinquedo de Furar Moletom do artista Jaime Lauriano. Estabelecendo um panorama acerca dos modos tradicionais das artes e dos museus ainda em vigor na arte e na cultura brasileiras, recuperando ideias sobre a racialização de indivíduos e grupos no Brasil desde sua colonização, passando pela potência narrativa do corpo e das experiências por ele mediadas, lê-se os trabalhos de Lauriano como uma forma prática e simbólica contraproducente em face da hegemonia moderna eurocentrada. Para tanto, serve-se das teorias de hegemonia ocidental em Ernesto Laclau e Boaventura de Sousa Santos, de racialização em Silvio Almeida, Aníbal Quijano e Achille Mbembe, da potência do corpo na produção do conhecimento em Maurice Merleau-Ponty e das ideias da relação entre arte e violência/temas dolorosos em Karl Erik Schøllhammer e Thierry De Duve.

Referência(s)