
O conservadorismo distópico à brasileira: Direitos sexuais e direitos reprodutivos e a pandemia da COVID-19 no Brasil
2021; UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA; Volume: 9; Issue: 1 Linguagem: Português
ISSN
2317-2932
AutoresPaula Rita Bacellar Gonzaga, Letícia Gonçalves, Cláudia Mayorga,
Tópico(s)Reproductive Health and Technologies
ResumoA pandemia do novo agente do coronavirus e considerada a maior crise sanitaria da historia do Brasil. Em meio as reverberacoes economicas, politicas, psicologicas e sociais que remodelam o cotidiano dos sujeitos, o rol dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos tem sido alvo de sucessivos ataques, muitas vezes eclipsados pelos alarmantes numeros de obitos decorrentes da Covid-19. Contrariando orientacoes da Organizacao Mundial da Saude que considera os servicos de saude sexual e saude reprodutiva, servicos essenciais e que devem ser garantidos em meio a pandemia, o Estado brasileiro, seguindo uma tendencia conservadora internacional, tem negligenciado essa agenda e destituido de legitimidade direitos ja garantidos. O objetivo desse texto e apresentar, a partir das lentes analiticas do feminismo decolonial, algumas interpelacoes acerca da obliteracao que os atores politicos tem imposto a pauta dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos a partir de uma instrumentalizacao da pandemia e das suas vitimas. Alinhando setores progressistas e conservadores em torno do argumento de pretensa defesa da vida e suas variaveis, o racismo estrutural e a politica anti-mulher seguem legitimando a negacao de direitos e mortes evitaveis em prol de um projeto eugenista de brasilidade que cada vez mais, explicita suas premissas de quais vidas sao ou nao dignas de defesa. Palavras-Chave: Direitos Sexuais; Direitos Reprodutivos; Pandemia; COVID-19
Referência(s)