
INTOLERÂNCIA RELIGIOSA E A DEMONIZAÇÃO DE RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA NA “PANDEMÔNIA”
2021; UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ; Volume: 10; Issue: 1 Linguagem: Português
10.5380/rt.v10i1.79296
ISSN2317-3688
AutoresMaycon Rodrigo da Silveira Torres, Natasha Martins,
Tópico(s)Caribbean history, culture, and politics
ResumoIdentifica-se o racismo como problema estrutural da sociedade ao cotejar os casos de violência e preconceito contra as religiões de matrizes africanas no Brasil, O trabalho analisa a intolerância religiosa como reflexo do processo de colonização do país que ainda reflete no comportamento fenomenológico da atualidade pelo processo de demonização de determinadas entidades. Exu é uma das figuras que melhor representa o afastamento imposto sobre as culturas africanas, o que inclusive condiciona sua incompreensão por parte da população brasileira, predominante negra. A demonização desta divindade africana em específico, retrata heranças da moralidade e medos europeus estimulados durante a Idade Média, ligados principalmente à doenças e à sexualidade. Atributos pejorativos a Exu, como “Exu Corona” ou “Pandemônia”, indicam processo de demonização de divindades de religião de matriz africana como forma de canalizar angústias sociais para ganhos próprios. O processo de educação religiosa pode ser importante meio de transformação social pela problematização do contraste entre essência e aparência associados a Exu como forma de resistência.
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