Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Eugenia em A Máquina do Tempo de H.G. Wells

2021; UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA; Volume: 1; Issue: 38 Linguagem: Português

10.26512/emtempos.v1i38.36456

ISSN

2316-1191

Autores

Denis Marcio Rodrigues, Daniele Ornaghi Sant’Anna,

Tópico(s)

Utopian, Dystopian, and Speculative Fiction

Resumo

O final do século XIX foi um período de contradição entre o otimismo intelectual quanto ao progresso teleológico da história e uma realidade social de desigualdade e miséria urbana. O escritor H.G. Wells se posicionava entre os dois lados, sendo um biólogo de formação e um ativista preocupado com as imensas dificuldades enfrentadas pela classe operária. Em sua obra A Máquina do Tempo (1895), essas preocupações se evidenciam quando o protagonista se depara com a sociedade do futuro: uma distopia onde a evolução da espécie humana, deixada à própria sorte, conduz à radicalização da desigualdade em duas espécies: os eloi e os morlocks. Dialogando com o gênero literário de utopia, o livro serve como veículo para que o autor critique seu contexto histórico e, então influenciado por Francis Galton e Thomas Huxley, deixe transparecer o que via como solução: o controle consciente do processo de evolução através da eugenia.

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