Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Lino José Nunes (1789-1847): um afro-brasileiro seria o compositor mais cromático das Américas até meados do século XIX?

2017; UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ; Volume: 5; Issue: 1 Linguagem: Português

10.33871/23179937.2017.5.1.1854

ISSN

2317-9937

Autores

Fausto Borém,

Tópico(s)

Brazilian cultural history and politics

Resumo

Dados recentes sobre o nascimento, a vida e a morte do compositor, teórico e performer carioca Lino José Nunes (1789-1847) e seu legado musical conhecido até o momento sugerem ser ele autor do cromatismo mais exacerbado nas Américas até, pelo menos, a primeira metade do século XIX. Este pioneirismo se torna ainda mais relevante ao descobrirmos que ele foi filho de ex-escrava e pai desconhecido. Seguindo e avançando os passos de outro afro-brasileiro – seu mestre, o Padre José Maurí­cio Nunes Garcia, Lino José deixou obras nas searas popular e erudita e se destacou nos grupos musicais mais importantes da Primeira Regência Imperial no Rio de Janeiro. Este estudo analisa o estilo cromático de Lino José Nunes, que se revela nos ní­veis didático (o cí­rculo das quintas), ornamental (notas e acordes de passagem), funcional (dominantes secundárias e acordes de empréstimo, modulações próximas e distantes) e na relação texto-música (o cromatismo como í­ndice de tristeza e ansiedade).

Referência(s)