Miocardiopatia em decorrência da infecção por SARS-CoV2
2021; Volume: 2; Issue: 3 Linguagem: Português
10.46919/archv2n3-024
ISSN2675-4711
AutoresFelipe Mateus Moura Martins Bernardino, Elisângela Mendes De Souza, Isabela de Lima Martins, Thaís Soares Marques de Lira, Alysson Kennedy Pereira de Souza,
Tópico(s)Healthcare during COVID-19 Pandemic
ResumoIntrodução: Complicações cardiovasculares associadas à infecção por coronavírus foram descritas a partir de infecções por SARS-CoV e, recentemente, SARS-CoV-2, que gera o padrão clínico da doença denominada COVID-19. O SARS-CoV-2 causa lesões miocárdicas agudas, miocardite e insuficiência cardíaca. A susceptibilidade endotelial e miocárdica em pessoas com Covid-19 foi relacionada a processos inflamatórios e trombolíticos com implicações sistêmicas, que demandam intervenções complexas e operação multiprofissional. Objetivo: Demonstrar, por meio de uma revisão de pesquisas recentes, os mecanismos pelos quais o vírus SARS-CoV-2 produz dano miocárdico com alta mortalidade em pacientes acometidos por COVID-19. Métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica, realizada entre os anos de 2019 e 2021. As bases eletrônicas de dados utilizadas foram: Scielo, Lilacs e Pubmed. Foram utilizados os descritores: miocardiopatia, Covid-19, Sars-cov-2 segundo a biblioteca virtual em Saúde (BVS). Resultados: Observou-se que a injúria do miocárdio, definida pela elevação dos níveis de troponina acima do valor de referência, é uma complicação frequente (19,7%) nos pacientes internados por COVID-19 e está associada ao aumento de mortalidade e síndrome do desconforto respiratório agudo. Houve uma forte correlação entre níveis altos de troponina e aumento de proteína C reativa e de NT-proBNP. Pacientes com níveis aumentados de troponina tiveram maior incidência de arritmias ventriculares e maior necessidade de ventilação mecânica. Conclusão: Pacientes com comorbidades como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares têm maior suscetibilidade à forma grave da Covid-19 e complicações cardiovasculares como a miocardiopatia. Portanto, torna-se necessário o acompanhamento cardiovascular destes pacientes, posto que, à luz dos conhecimentos atuais, não sabemos se eles poderão ou não evoluir com disfunção miocárdica tardia.
Referência(s)