
SOBRE O CONCEITO DE IMORTALIDADE EM ARENDT E FEUERBACH: AMOR, POLÍTICA E FINITUDE
2021; Volume: 13; Issue: 34 Linguagem: Português
10.36311/1984-8900.2021.v13n34.p81-98
ISSN1984-8900
AutoresFrancisco Jameli Oliveira Reinaldo, Rosângela Fonteles do Nascimento Arcanjo,
Tópico(s)Critical Theory and Philosophy
ResumoO presente artigo assume o desafio de dialogar com dois filósofos de épocas distintas e interesses investigativos aparentemente distintos, Arendt e Feuerbach, diálogo não enunciado nas obras dos referidos autores, mas possível, no nosso entender. A pergunta que norteia esta aproximação é a seguinte: é possível localizar no jovem Feuerbach de Pensamientos sobre muerte e inmortalidad (1993) e de De ratione, uma, universali, infinita (1995), na senda da crítica à imortalidade da alma, uma abertura para a inserção da reflexão política? Pensamos que tal abertura, apesar de não tematizada tacitamente, comparece na crítica ao individualismo moderno, crítica também presente em Arendt, notadamente em A condição humana (2014). Para o diálogo entre os dois pensadores, dividimos o trabalho em três partes: primeiro, a relação entre política e imortalidade, em seguida, as implicações do declínio da crença na imortalidade da alma e, por fim, o conceito de amor como categoria política fundamental para pensar a crítica de ambos ao solipsismo moderno.
Referência(s)