
Impossíveis sinceridades em “A desejada das gentes” de Machado de Assis
2021; UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS; Issue: 70 Linguagem: Português
10.28998/2317-9945.2021v1n70p210-224
ISSN2317-9945
Autores Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoEste artigo se propoe a analisar o conto “A desejada das gentes” de Machado de Assis, focando na maneira com o que o personagem do Conselheiro utiliza a ironia como processo de contornar e negar sentimentos que o causam desconforto, viabilizando o surgimento de multiplas leituras distintas a partir das varias camadas de sentido criadas pela ironia. O referencial partira de teorias acerca da ironia, atraves dos autores D. C. Muecke (2008) e Linda Hutcheon (1994), teorias sobre o contexto geral sobre a obra de Machado de Assis, com Antonio Candido (1977) e Roberto Schwarz (2000), e um estudo previo de Mirelle Marcia Longo (2012) sobre o conto “A desejada das gentes” (2016). A partir dessa analise, nos deparamos com o uso da ironia como maneira de omitir certos pensamentos e sentimentos do personagem, mas sempre indicando a possibilidade de que ha algo velado sob os sentidos mais literais do que esta sendo expresso, e que acaba por aproximar as elaboracoes do personagem sobre si das interpretacoes do leitor sobre o texto.
Referência(s)