
Échelles de développement inégal dans le réseau de production de Rio de Janeiro: bref tour d'horizon des théories économiques fondées sur les relations de pouvoir
2021; Issue: 21 Linguagem: Português
10.4000/espacoeconomia.19534
ISSN2317-7837
AutoresUilmer Rodrigues Xavier da Cruz, Luiz Jardim Wanderley, Luís Henrique Leandro Ribeiro,
Tópico(s)Economic and Technological Innovation
ResumoEste artigo traz a revisão bibliográfica de algumas teorias da Geografia Econômica baseadas em relações de poder que, na área da ciência geográfica, contribuem para desvelar os fenômenos desiguais da catação e da reciclagem. A orientação principal é a de que tais fenômenos influenciam na prática de sujeitos sociais que têm suas vidas marcadas pelo funcionamento excludente e explorador do trabalho no sistema capitalista de produção. À vista disso, este trabalho procura refletir sobre a reciclagem enquanto rede de produção, e não apenas de relações sociais, composta por diversos atores que exercem funções diferenciadas na produção de materiais reciclados. Dialoga ainda sobre a relação direta da catação com a precarização do trabalho, o que faz com que os catadores, protagonistas da manutenção da produção, representem o elo mais frágil da hierarquia composta também por compradores de sucata, atravessadores e empresários da indústria de transformação. Para cumprir essas finalidades, se partiu de um levantamento realizado em bases de dados bibliográficas - SciELO, Periódicos CAPES e Google Acadêmico -, nas quais foram pesquisadas e consideradas produções que tratavam sobretudo da precarização do trabalho do catador de material reciclável no sistema de produção capitalista. Para além disso, dialogamos com teóricos da Geografia Econômica que se aprofundaram na lógica capitalista, dentre eles Harvey (2011) e Smith (1988), e de estudiosos sociais que enveredaram pelo conceito de rede, como Rosado (2009) e Santos (2006). Ao fim, se concluiu que, ao mesmo tempo que os trabalhadores representam o elo mais frágil da rede de produção da reciclagem, ou do "jogo do lixo", sem eles a rede não existiria como ela é atualmente concebida, sobretudo no contexto da reciclagem brasileira.
Referência(s)