
Grafipar Edições: uma reação erótica à ditadura militar
2021; Volume: 19; Issue: 42 Linguagem: Português
10.5212/rif.v.19.i42.0009
ISSN1807-4960
AutoresJosé Carlos Fernandes, Agnes do Amaral,
Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoDurante a primeira década da ditadura-civil militar, uma editora curitibana – a Grafipar –, de propriedade de uma família muçulmana, deixa de publicar livros de história e atlas e passa a investir no ramo de “revistas adultas”. Torna-se um polo nacional do gênero, chegando ao ápice de 49 títulos, 1,5 milhão de exemplares mês e 1,5 mil cartas/mês de leitores. Entre seus colaboradores, jornalistas malvistos pelo regime e intelectuais à esquerda, como os poetas Paulo Leminski e Alice Ruiz. Em meio aos então chamados “nus artísticos”, uma pequena de rede de intelectuais, de forma anônima, orientava a redação, num claro combate ao obscurantismo. Este artigo explora a resistência jornalística e intelectual disfarçada no conteúdo erótico. E o “lugar difícil” da qualificação desse material, que ficou à margem da chamada imprensa alternativa. Imprensa alternativa; revistas eróticas; comportamento.
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