Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Circuncisão, Lei e promessa de vida

2021; Volume: 2; Issue: 3 Linguagem: Português

10.46859/pucrio.acad.rebiblica.2596-2922.2021v2n3p65

ISSN

2596-2922

Autores

Carlos Andre Da Cruz Leandro,

Tópico(s)

Theology and Canon Law Studies

Resumo

Na carta aos Gálatas, Paulo declara-se contrário à circuncisão dos cristãos de origem não judaica por considerar que isso tornaria vã a cruz de Cristo. Para ele, as obras da Lei não podem justificar o homem, justamente porque elas são obras humanas sem relação com a promessa que exige a adesão da fé. Os argumentos de Paulo fazem uso das Escrituras, chegando a propor uma alegoria dos dois filhos de Abraão: aquele nascido de Hagar, a escrava, representa a lei do Sinai; aquele nascido de Sarah, a livre, representa os filhos da promessa. Contudo, a alegoria de Paulo encontra uma dificuldade, pois a circuncisão foi justamente o que permitiu a renovação da promessa e a consequente fecundidade do casal Abraão e Sarah. Deste modo, o aprofundamento do significado do sinal da circuncisão para a aliança a partir do relato de Gn 17 permite estabelecer a justa relação que ela possui com a promessa à Abraão.

Referência(s)