Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Ediclea Santos: a voz da mulher negra que faz Passarinho cantar mais alto

2021; UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA; Volume: 4; Issue: 3 Linguagem: Português

10.18540/revesvl4iss3pp12784-01-07e

ISSN

2595-4490

Autores

Maria Cristina do Nascimento,

Tópico(s)

Brazilian cultural history and politics

Resumo

Este é mais um escrito (temos muitos e virão outros de muitas outras) de uma mulher negra que reconhece outra mulher negra como inspiração pra ação, pra luta e pra reflexão epistemológica. É também um diálogo com Audre Lorde sobre a transformação do silêncio em ação e a organização da raiva pelas mulheres negras em ação política e transformadora, configura-se num passeio pela potência gerada da Dororidade (Vilma Piedade) e nas escrevivências (Conceição Evaristo). Nossa personagem é feminista, mulher negra, periférica, cantora, atriz, mãe de 03 filhos e uma filha, é também avó. Ediclea Santos (Clea) a mulher negra que faz o canto das mulheres de Passarinho, seu bairro, entoar forte e ecoar além dos muros locais. Clea tem uma chama pro canto, pra coletividade, pro ajuntamento de vozes silenciadas, mas ela não canta nem fala pelas outras, ela articula, movimenta, instiga e provoca agitos. É uma das organizadoras do Espaço Mulher de Passarinho (antes as Kombeiras), do Ocupe Passarinho, seu ativismo se articula no Fórum de Mulheres de Pernambuco, na Rede de Mulheres Negras de Pernambuco, na Articulação de Mulheres Brasileiras e vem fazendo costuras e misturas democráticas com diversos movimentos. É sobre potências negras, é sobre a transformação da dor em potência, sobre ética e poética das mulheres negras.

Referência(s)