
ANFÍBIOS ANUROS DO MESOZÓICO MUNDIAL: DISTRIBUIÇÃO CRONOBIOGEOGRÁFICA
2020; AGH University of Science and Technology; Volume: 33; Linguagem: Português
ISSN
2353-0782
AutoresJoão Kerensky Rufino Moreira, Geraldo Jorge Barbosa de Moura, José de Araújo Nogueira Neto,
Tópico(s)Paleontology and Evolutionary Biology
ResumoUm novo levantamento dos registros fosseis de anuros de todo o Mesozoico Mundial fornece uma sinopse cronobiogeografica atualizada, tantos Laurasicos quanto Gondwânicos, comecando no Eojurassico ate o final do Neocretaceo. Esse novo levantamento tem como objetivo em detectar a distribuicao cronologica e geografica dos fosseis de anuros em todos os continentes. A pesquisa buscou a primeira publicacao de artigo, com tema referencia a anura, em 1887 ate o ano de 2016, consultando periodicos em revistas especializadas e capitulos de livros, buscando dados estratigraficos, cronobiogeograficos, paleontologicos de anfibios fosseis do Brasil e do Mesozoico Mundial. O primeiro inventario realizado contabilizou oito especies do Jurassico e 36 especies do Cretaceo, totalizando 44 especies descritas. O segundo inventario realizado contabilizou apenas especies fosseis do Cretaceo, totalizando 41 especies descritas. O terceiro inventario realizado contabilizou os fosseis encontrados no supercontinente Laurasia, registrando quatro especies do Jurassico e 35 especies do Cretaceo, totalizando 39 especies descritas. Neste trabalho o novo senso contabilizou 72 especies descritas para o Mesozoico Mundial, sendo oito especies do Jurassico e 64 especies no Cretaceo. No periodo Jurassico o registro fossil de anuros verdadeiros fica restrito apenas no Eojurassico (Pliensbachiano) com oito especies fosseis de archeobatrachios descritas. Enquanto no Cretaceo, a Ordem Anura se ramificou ainda mais com o aparecimento de novas familias de archeobatrachios e o surgimento dos neobatrachios, totalizando em torno de 64 especies descritas. A distribuicao cronogeografica mostra que os anuros estavam presentes na Laurasia no Jurassico. O Cretaceo observa-se uma ocorrencia de fosseis em regioes mais equatoriais que possivelmente ofertava novos ambientes que contribuiu na maior ocorrencia de anuros. Com base nos dados obtidos conclui-se que a deriva continental juntamente com as transgressoes marinhas favoreceu na criacao de novos habitats, promovendo a especiacao alopatrica e possivelmente contribuiu da diversificacao atual da anurofauna no globo.
Referência(s)