
Uso de Estatinas Melhora a Proteção Cardiometabólica Promovida pelo Treinamento Físico em Ambiente Aquático: Um Ensaio Clínico Randomizado
2021; Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC); Volume: 117; Issue: 2 Linguagem: Português
10.36660/abc.20200197
ISSN1678-4170
AutoresRochelle Rocha Costa, Alexandra Vieira, Leandro Coconcelli, Alex de Oliveira Fagundes, Adriana Cristine Koch Buttelli, Laura Frances Pereira, Ricardo Stein, Luiz Fernando Martins Kruel,
Tópico(s)Muscle metabolism and nutrition
ResumoStatin use is highlighted as the most commonly utilized therapy for the treatment of dyslipidemias and can be considered as the most efficient pharmacological intervention for low-density lipoprotein (LDL) reduction. On the other hand, physical training can be considered an efficient and safe non-pharmacological strategy to promote improvements in lipid profile. However, the influence of statins on lipid adaptations arising from water-based training in populations with dyslipidemia is not known.To analyze the influence of simvastatin use on lipid adaptations arising from water-based aerobics and resistance training in elderly women with dyslipidemia.Sixty-nine elderly (66.13 ± 5.13 years), sedentary, and dyslipidemic women, both non-users and users of simvastatin (20 mg and 40 mg), were randomized into the following 3 groups: water-based aerobic training (WA), water-based resistance training (WR), and control group (CG). Total duration of interventions, for all experimental groups consisted of 10 weeks, with 2 weekly sessions. Biochemical analyses were performed before the beginning of the interventions and repeated after the end of the trial. Generalized estimating equations were used to compare these data, setting α = 0.05.In intention-to-treat analysis, the medicated participants obtained a greater magnitude of decrease in total cholesterol (TC) (-3.41 to -25.89 mg.dl-1; p = 0.038), LDL (-5.58 to -25.18 mg.dl-1; p = 0.007) and TC/HDL ratio (-0.37 to -0.61; p = 0.022) when compared to the non-medicated participants, and this decrease was statistically significant only in the WR group.Statin use enhances the adaptations promoted by water-based physical training in CT, LDL levels, and CT/HDL ratio, and it is more pronounced after WR.O uso de estatinas destaca-se como a terapia mais frequentemente utilizada para o tratamento de dislipidemias e pode ser considerado a intervenção farmacológica mais eficiente para a redução da lipoproteína de baixa densidade (LDL). Por outro lado, o treinamento físico pode ser considerado uma estratégia não farmacológica eficiente e segura para promover melhorias no perfil lipídico. No entanto, não se sabe qual seria a influência das estatinas nas adaptações lipídicas decorrentes do treinamento aquático em populações com dislipidemia.Analisar a influência do uso de sinvastatina nas adaptações lipídicas decorrentes do treinamento aeróbico em meio aquático e de resistência em mulheres idosas com dislipidemia.Sessenta e nove mulheres idosas (66,13 ± 5,13 anos), sedentárias e dislipidêmicas, tanto não usuárias quanto usuárias de sinvastatina (20 mg e 40 mg), foram randomizadas nos 3 grupos seguintes: treinamento aeróbico em meio aquático (WA), treinamento de força em meio aquático (WR) e grupo controle (GC). A duração total das intervenções, para todos os grupos experimentais, foi de 10 semanas, com 2 sessões semanais. As análises bioquímicas foram realizadas antes do início das intervenções e repetidas após o final do ensaio. Foram utilizadas equações de estimativa generalizada para comparar esses dados, estabelecendo α = 0,05.Na análise por intenção de tratar, as participantes medicadas demonstraram uma redução de magnitude maior do colesterol total (CT) (−3,41 a −25,89 mg.dl−1; p = 0,038), LDL (−5,58 a −25,18 mg.dl−1; p = 0,007) e da relação CT/HDL (−0,37 a −0,61; p = 0,022) quando comparadas às participantes não medicadas, essa redução sendo estatisticamente significativa apenas no grupo WR.O uso de estatina incrementa as adaptações promovidas pelo treinamento físico aquático no CT, nos níveis de LDL e na relação CT/HDL, sendo mais pronunciado após WR.
Referência(s)