O que pode um corpo deficiente?: sinais de subjetividade
2015; Universidad de Los Lagos; Volume: 2; Issue: 1 Linguagem: Inglês
ISSN
0719-4706
AutoresMaria Izabel dos Santos Garcia,
Tópico(s)Linguistics and Education Research
ResumoEnglishThe discussion on the body is a recurring theme. The question What can a body? is the guiding themes and trigger of the reflections that crossed all the content of this research. The same was snatched by some concepts treated by Deleuze, Guattari and Foucault, authors who discuss the standard concepts, speech, and disciplining of bodies and subjectivities singularization processes that - like it or not - were quite helpful on issues that interest us. The clipping present is the result of anthropological research doctoral conducted next to deaf community of Rio de Janeiro/Brazil. Foucault in his work points to the question of how the body - at least since the sixteenth century - served in the formulation of knowledge, a discourse of power. The discussion on the body can also come linked to the concept of when some authors present categories such as old age, midlife crisis, to name a few, in which the body time - marked by biologizing idea of chronological age - is presented as an element that is intertwined in others who have settings that resemble the body of the young, the body of the elderly, the female body, the disabled body... In the case of deaf people, this body is not only historically marked by the prohibition to use sign language - which resembles a social genocide. Thus, it can be check the resistance of a social group organized by leaders which reveals forces behind stereotypes / levies found in the social imaginary, as well as the way they are represented in social institutions such as family and school. So, the main objective of the leaders, in addition to the confrontation of the logics in the different own worlds, constitutes the possibility of transformation of stigmatized identity in a respected and valued identity. portuguesA discussao sobre o corpo e um tema recorrente. A questao “O que pode um corpo?” e o fio condutor e disparador das reflexoes que atravessaram todo o conteudo dessa pesquisa. A mesma foi arrebatada por alguns conceitos tratados por Deleuze, Guattari e Foucault, autores que discutem os conceitos de norma, discurso, disciplinarizacao de corpos e processos de singularizacao e subjetividades que – queiramos ou nao – mostraram-se bastante uteis nas questoes que nos interessam. O presente recorte e fruto de uma pesquisa antropologica de doutorado realizada junto a comunidade de surdos do Rio de Janeiro-Brasil. Foucault em seus trabalhos aponta para a questao de como o corpo – ao menos desde o seculo XVI – serviu na formulacao de um saber, de um discurso de poder. A discussao sobre o corpo tambem pode vir atrelada ao conceito de identidade quando alguns autores apresentam categorias como terceira idade, crise da meia idade, para citar apenas algumas, nas quais o tempo do corpo – marcado pela ideia biologizante da idade cronologica – se apresenta como um elemento que se enoda a outros que possuem configuracoes que assemelham o corpo do jovem, o corpo do idoso, o corpo feminino, o corpo deficiente… No caso das pessoas surdas, esse corpo nao so e marcado historicamente pela proibicao de usar a lingua de sinais – o que se assemelha a um genocidio social. Desse modo, pudemos verificar ser a resistencia de um grupo social organizado por liderancas o que revela forcas subjacentes aos estereotipos/imposicoes encontrados no imaginario social, bem como a forma como sao representados em instituicoes sociais como familia e escola. Assim, o grande objetivo das liderancas, alem da confrontacao das logicas proprias a mundos proprios diferentes, se constitui na possibilidade de transformacao da “identidade estigmatizada” em uma “identidade respeitada e valorizada”.
Referência(s)