Artigo Acesso aberto

UMA FANTASIA AMARGA: O FANTÁSTICO EM A HORA DOS RUMINANTES, DA LITERATURA AO CINEMA

2021; Volume: 6; Issue: 2 Linguagem: Português

10.26512/aguaviva.v6i2.38312

ISSN

1678-7471

Autores

Marcelo Cordeiro de Mello,

Tópico(s)

Linguistics and Education Research

Resumo

Este artigo discute o problema do fantástico dentro da obra literária A hora dos ruminantes (1966) de José J. Veiga, bem como na sua adaptação para o cinema, idealizada em 1967 pelo cineasta Luiz Sergio Person e pelo crítico e roteirista Jean-Claude de Bernardet – que nunca chegará a ser filmada. Enfocamo-nos no problema da oposição entre o mundo real e o fantástico, e fazemos referência a alguns gêneros literários com os quais a obra de Veiga dialoga, como a literatura fantástica e o realismo mágico. Em seguida, tratamos da adaptação de Person e Bernardet para o cinema da obra de Veiga. Discutimos a relação da adaptação com alguns gêneros cinematográficos como a ficção científica, o terror e a fantasia. Detalhamos o uso original que Person e Bernardet pretendiam fazer do elemento fantástico de Veiga, alçando-o a espetáculo cinematográfico, e utilizando-o como alegoria política para comunicação de uma mensagem de resistência à Ditadura Militar. Concluímos discutindo, a partir do caso de A hora dos ruminantes, as implicações da transposição do elemento fantástico da literatura ao cinema, e os possíveis caminhos estéticos que o filme poderia ter aberto.

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