Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Feminino: uma construção a partir do não ser

2021; UNIVERSIDADE DE VASSOURAS; Volume: 12; Issue: 2 Linguagem: Português

10.21727/rm.v12i2.2800

ISSN

2178-7719

Autores

Allícya Feres, Clarissa Queiroz Doro Dias, Bárbara Batista Silveira, Fernanda Cabral Samico,

Tópico(s)

Gender, Sexuality, and Education

Resumo

Este trabalho tem por objetivo apresentar algumas contribuições da psicanálise de Freud à Lacan sobre o enigma que é a mulher, partindo da fase pré-edipiana, bem como o complexo de castração e o complexo de Édipo, direcionando a pesquisa aos avanços teóricos que Lacan nos apresenta com suas conceitualizações das fórmulas quânticas de sexuação. Abordaremos, ainda, o campo do feminino e suas respectivas modalidades de gozo e de amor. Em seguida, discutiremos as influências dessas modalidades na forma feminina de amar. A metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica de textos concernentes ao tema e o argumento norteador parte dos estudos de Lacan que dizem que não existe, no campo do Outro, um significante que signifique o que é ser mulher ou o que é o sexo feminino. O que há é um furo, e isso faz com que a mulher possa transitar entre dois campos, um fálico e outro não-todo. Como consequência dessa não definição do que é ser mulher, de alguma forma, resta a ela uma busca por algo que delineie sua existência e dê algum contorno à sua feminilidade, o que pode desencadear uma trama de amor e ódio com seu representante materno, e futuramente com seus parceiros. Partindo disso, Lacan lança o conceito de devastação. Para as mulheres, o amor e a devastação andam lado a lado e atravessam diretamente suas vidas, trazendo desdobramentos significativos nas relações amorosas que elas irão assumir posteriormente, o que reflete em nossa sociedade de forma direta.

Referência(s)