“O AMOR JAMAIS PASSARÁ”
2021; FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE; Volume: 7; Issue: 18 Linguagem: Português
10.32748/revec.v7i18.15986
ISSN2446-7189
Autores Tópico(s)Religious and Theological Studies
ResumoIncorporada ao Símbolo dos Apóstolos, a fórmula cristológica descendit ad inferos remete para uma realidade cultural e teológica veterotestamentária, o sheol, que é profundamente transformada (do ponto de vista teológico) pela revelação neotestamentária. Depois da morte na cruz, Jesus foi sepultado e a sua alma (nepheseh) desceu ao sheol, partilhando a condição de todos os seres humanos. O homem-Deus é solidário com todos os defuntos, experimenta a derrelicção total e leva a sua obediência ao extremo (a verdadeira “obediência do cadáver”). Essa obediência na derrelicção é simultaneamente uma vitória, que culmina no resgate divino: Deus ressuscitou-o dentre os mortos. Paradoxalmente, Deus identificar-se com Jesus morto! Poderíamos pensar que, no descensus Christi, houve como que uma autoredefinição de Deus a favor de todos os homens, criando uma possibilidade de relação amorosa além-túmulo.Palavras-chave: Morte. Sheol. Solidariedade. Vitória. Amor.
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