Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Música e masculinidade regional

2021; Editora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (EDIPUCRS); Volume: 28; Issue: 1 Linguagem: Português

10.15448/1980-3729.2021.1.38880

ISSN

1980-3729

Autores

Henrique Ramos Reichelt,

Tópico(s)

Youth, Politics, and Society

Resumo

Morocha é frequentemente apontada como a música mais machista do gauchismo brasileiro. Através de uma sátira brutal, a canção apresentada no palco do festival Coxilha Nativista, em 1984, trouxe a temática da sexualidade e da performatividade masculina ao cerne das disputas estéticas de representação da identidade gaúcha. O presente artigo tem como objetivo discutir a relação de afinidade existente entre identidade gaúcha e masculinidade. Para tanto, parte-se de uma análise comparada entre a letra de Morocha e de Morocha, não! — canção de repúdio, lançada um ano depois. São também investigadas as sonoridades, a performance e o contexto histórico de ascensão dos festivais nativistas. Neste trabalho, os estereótipos de gênero e os modelos de masculinidade, acionados pelas canções, são discutidos em relação às demais representações de legitimação e à estigmatização da identidade sociocultural.

Referência(s)