Antropometria das órbitas e da incisura/forame supraorbital em crânios secos provenientes da Região Centro-Oeste do Brasil / Anthropometry of orbits and supraorbital notch/foramen in dry skulls from the midwest Region of Brazil
2021; Brazilian Journal of Development; Volume: 4; Issue: 4 Linguagem: Português
10.34119/bjhrv4n4-076
ISSN2595-6825
AutoresNatalia Santana Ferrareto, Amanda Soares Pimenta, Kelly Regina Torres da Silva, Pablo Felipe de Almeida, Aline Rafaela da Silva Rodrigues Machado, André Valério da Silva,
Tópico(s)Ophthalmology and Eye Disorders
ResumoA órbita é uma abertura na parte anterior do crânio, envolvendo sete ossos em suas paredes: frontal, zigomático, maxilar, palatino, lacrimal, esfenóide e etmóide; fissuras orbitais superior e inferior e o canal óptico. O estudo busca compartilhar com o âmbito anatômico e com a clínica médica, um conjunto de dados e análises acerca da órbita e estruturas. Uma vez que somente a prevenção e o conhecimento das áreas de risco podem assegurar bons resultados e baixos índices de complicações, almeja-se corroborar com a edificação de futuras pesquisas que envolvam tal temática, que poderão proporcionar benefícios ao corpo social acometido por afecções orbitárias. O objetivo do presente estudo foi analisar os aspectos antropométricos de órbitas em crânios secos da região Centro-Oeste do Brasil, bem como analisar a incidência da incisura/forame supraorbital e mensurar a sua posição a partir da estimativa mediolateral em crânios secos. Ademais, se há uma relação da sua existência e da sua posição entre os sexos. Foram utilizados 108 crânios do acervo do Laboratório de Anatomia da UFMS CPTL, divididos em sexos masculino e feminino. Com o auxílio de um paquímetro foram avaliados a morfometria de 92 órbitas no sentido médio-lateral (ML): do ektokonchion (ponto localizado na borda externa da órbita) até a sutura maxilofrontal, e dorsoventral (DV): medida perpendicularmente aos pontos utilizados para avaliação da largura. Além disso, analisou-se a incidência da incisura/forame supraorbital, e foram avaliados a distância médio-nasal (MN): do ponto médio da incisura/forame até a linha mediana do crânio (acima do osso nasal) e médio-lateral (MLa): do ponto médio até o processo zigomático do osso frontal. Os resultados foram descritos em médias, feminino: órbita direita ML 37,53 mm, DV: 34,9 mm; esquerda ML: 37,73 mm, DV: 34,48 mm; masculino: órbita direita ML: 38,63 mm, DV: 35,58 mm; esquerda ML: 38,85 mm, DV: 35,13 mm. Na análise comparativa entre as médias dos grupos (teste t), notamos diferença significativa na distância ML direita (p = 0,006) e esquerda (p = 0,009), distância DV apresentou diferença na órbita esquerda (p = 0,004), direita (p = 0,400). Os resultados de prevalência em 92 crânios demonstram que em órbitas femininas direita: 31 possuem incisuras e 9 forames; esquerdas: 33 incisuras e 7 forames; em órbitas masculinas direitas: 40 incisuras e 11 forames; órbitas esquerdas: 39 incisuras e 12 forames. Um crânio masculino possui forame e incisura em ambas as órbitas. Os valores referentes a mensuração foram tabulados e analisados estatisticamente, onde encontramos diferença estatística principalmente ao que corresponde a sua posição na órbita esquerda quando comparados entre os grupos. Assim, foi possível identificar divergência entre as dimensões encontradas nas órbitas e entre os grupos. Os estudos estatísticos evidenciaram medidas mais expressivas nas estruturas orbitárias esquerdas, em todos os pontos analisados. A avaliação estrutural da órbita e suas regiões anexas é de extrema relevância para o cirurgião, clínico, oftalmologista, radiologista e anatomistas.
Referência(s)