"JE NE SUIS PAS À BLÂMER POUR BOIRE ET VIVRE À L'AUBE"
2021; UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA; Volume: 9; Issue: 17 Linguagem: Português
10.26512/rhh.v9i17.31821
ISSN2318-1729
AutoresUelba Alexandre do Nascimento,
Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoQuando falamos de boemia, é frequente associar este mundo aos homens e dificilmente imagina-se as mulheres fazendo parte dele. Mas o mundo da boemia também era vivenciado por mulheres, especialmente as que viviam dele, como as meretrizes, as cantoras profissionais e atrizes do teatro. Dentro deste grupo também incluímos mulheres compositoras que enfrentavam preconceitos diversos para se firmarem num cenário musical ainda fechado para elas. Nosso artigo tem por objetivo analisar o mundo que permeia os sambas e sambas canção, especificamente os de composição da cantora Dora Lopes, entre 1950 e 1962, que mostrassem a relação dela com o mundo boêmio, analisando as representações do amor e relações amorosas/sexuais que as letras de suas canções apresentavam, utilizando os estudos de gênero de Teresa de Lauretis e a noção de dispositivo amoroso/sexual de Tania Navarro Swain para entender como as composições de Dora Lopes quebravam com a lógica de um modelo de relação amorosa/sexual dominante neste cenário musical.
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