
Análise de empréstimos sob a ótica da morfologia distribuída
2021; Volume: 23; Issue: 2 Linguagem: Português
10.35520/diadorim.2021.v23n2a40799
ISSN2675-1216
AutoresIsabella Lopes Pederneira, Rafaela do Nascimento Melo Aquino, Miriam Lemle,
Tópico(s)Syntax, Semantics, Linguistic Variation
ResumoEste estudo tem como objetivo analisar e apresentar a maneira pela qual palavras e construções sintáticas da língua inglesa são integradas na gramática dos falantes do português do Brasil, considerando a análise construcionista de Gramática Gerativa da Morfologia Distribuída (MARANTZ, 1997). A análise desses empréstimos é dividida em três partes: análise de palavras simples, compostas e de criações sintáticas nativas contendo um empréstimo. A hipótese é a de que uma análise baseada em raízes que se concatenam a morfemas forneça ferramentas mais precisas para analisar a incorporação de palavras emprestadas. Os resultados obtidos através das análises de dados mostram que há um padrão no processo de naturalização dos empréstimos na língua portuguesa: palavras simples e compostas, quando aportuguesadas, trazem apenas a raiz. Os contextos sintáticos das palavras da língua de origem sejam eles construções composicionais ou idiomáticas, uma vez integrados à raiz na língua alvo, podem alterar-se livremente a ponto de tornarem-se pontos de partida para novas construções sintáticas pautadas pela gramática do português. Esses resultados de incorporação de palavras emprestadas do inglês no português confirmam a hipótese do modelo teórico da Morfologia Distribuída no que diz respeito à formação de palavras no âmbito geral.
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