Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Helmintofauna de Paroaria dominicana (Linnaeus, 1758) oriundos do tráfico de animais silvestres

2021; Grupo de Pesquisa Metodologias em Ensino e Aprendizagem em Ciências; Volume: 10; Issue: 12 Linguagem: Português

10.33448/rsd-v10i12.20164

ISSN

2525-3409

Autores

Inamara Silva Santos, Karoline dos Santos Tavares, Rayana Emanuelle Rocha Teixeira, Marilene Souza Oliveira, Isabela Sousa Prado, Edma Santos de Antonio, Antônio Iderval Sodré Neto, Matheus Santos dos Anjos, Laize Tomazi, Patrí­cia Belini Nishiyama, Márcio Borba da Silva, Ricardo Evangelista Fraga,

Tópico(s)

Helminth infection and control

Resumo

O tráfico de animais silvestres é um problema com repercussões ecológicas e sociais. Além de causar o declínio de diversas populações naturais, esta prática tem consequências diretas sobre os indivíduos capturados, como quadros de imunossupressão que podem resultar na manifestação de variados patógenos. No Brasil, o tráfico de aves silvestres se destaca como uma das modalidades mais populares desta prática. As espécies mais procuradas usualmente possuem atrativos estéticos ou sonoros, como muitos exemplares Passeriformes. O cardeal-do-nordeste (Paroaria dominicana) é uma destas espécies, chegando a ser considerada uma das mais traficadas do país. Neste trabalho, analisamos 26 exemplares de Paroaria dominicana provenientes de uma ação de resgate executada pelo IBAMA. Foram realizadas técnicas de necropsia e sedimentação espontânea para verificar a presença de helmintos e ovos nos órgãos dos exemplares analisados, bem como pesagem e mensuração dos cadáveres. Encontramos a presença de espécies de nematódeos em 05 exemplares; todos pertencentes ao gênero Diplotriaena, incluindo a espécie Diplotriaena delirae, registrada pela primeira vez na helmintofauna de Paroaria. dominicana. Observamos a presença de ovos característicos do gênero Diplotriaena e Heterakis, este último também inédito a helmintofauna de Paroaria dominicana até o presente trabalho. A presença de novas espécies na helmintofauna de Paroaria dominicana pode estar associada ao contato direto com outras espécies silvestres durante a captura e o transporte ilegal, bem como as condições sanitárias associadas a essas etapas do tráfico de aves.

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