Existe lugar para a angústia no hospital? Um olhar sobre a equipe de saúde
2020; Volume: 1; Issue: 5 Linguagem: Português
10.46919/archv1n5-019
ISSN2675-4711
AutoresMarcella Corrêa Laboissière, Elisa Aires Leite, Mônica Schiller d’Escragnolle Taunay,
Tópico(s)Women's cancer prevention and management
ResumoEsta pesquisa parte da atividade prática de Interconsulta realizada nos anos de 2015 e 2016 no Hospital Universitário Pedro Ernesto, hospital-escola da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. A Interconsulta consiste em uma atividade que, a partir do pedido de parecer elaborado pela equipe, após apreender alguma questão de ordem subjetiva do paciente ou da família, demanda-se o acompanhamento do profissional da psicologia. Assim, recebemos a demanda para G.J, 75 anos, diagnosticado com Linfoma Cutâneo das Células T. No atendimento, entendemos forte angústia na equipe de saúde, o que sinalizava que o pedido de escuta não se restringia ao paciente que, no presente momento, encontrava-se fora de cuidados terapêuticos. O psicólogo dentro do hospital geral é o responsável pela escuta minuciosa de cada caso, criando espaço e abrindo possibilidades para que as falas do paciente, da família e da equipe surjam. Neste trabalho foi feito um recorte nessa tríade, dando ênfase à equipe. A abordagem da investigação caracteriza-se por salientar a escuta do profissional de saúde mental em uma equipe multiprofissional como diferencial no tratamento. Realizou-se uma pesquisa qualitativa, elegendo a observação e a escuta analítica da equipe de saúde. A oferta de tratamento da Psicologia Médica e o olhar singular da Psicanálise operam como contribuição para o contexto hospitalar e para o âmbito da saúde.
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