
Diretrizes de conduta e tratamento de síndromes febris periódicas associadas a febre familiar do Mediterrâneo
2015; Elsevier BV; Volume: 56; Issue: 1 Linguagem: Português
10.1016/j.rbr.2015.08.006
ISSN1809-4570
AutoresMaria Teresa R. A. Terreri, Wanderley Marques Bernardo, Cláudio Arnaldo Len, Clóvis A. Silva, Cristina Medeiros Ribeiro de Magalhães, Silvana Sacchetti, Virgínia Paes Leme Ferriani, Daniela Gerent Petry Piotto, André Cavalcanti, Ana Júlia Pantoja de Moraes, Flávio Sztajnbok, Sheila Knupp Feitosa de Oliveira, Lúcia Maria Arruda Campos, Márcia Bandeira, Flávia Patrícia Sena Teixeira Santos, Cláudia Saad Magalhães,
Tópico(s)Autoimmune and Inflammatory Disorders Research
ResumoEstabelecer diretrizes baseadas em evidências científicas para manejo da febre familiar do Mediterrâneo (FFM). A diretriz foi elaborada a partir de 5 questões clínicas que foram estruturadas por meio do PICO (Paciente, Intervenção ou Indicador, Comparação e Outcome), com busca nas principais bases primárias de informação científica. Após definir os estudos potenciais para sustento das recomendações, esses foram graduados pela força da evidência e pelo grau de recomendação. Foram recuperados, e avaliados pelo título e resumo, 10.341 trabalhos e selecionados 46 artigos para sustentar as recomendações. 1. O diagnóstico da FFM é baseado nas manifestações clínicas, caracterizadas por episódios febris recorrentes associados a dor abdominal, torácica ou artrite de grandes articulações; 2. A FFM é uma doença genética que apresenta traço autossômico recessivo ocasionada por mutação no gene MEFV; 3. Exames laboratoriais são inespecíficos e demonstram níveis séricos elevados de proteínas inflamatórias na fase aguda da doença, mas também, com frequência, níveis elevados mesmo entre os ataques. Níveis séricos de SAA podem ser especialmente úteis no monitoramento da eficácia do tratamento; 4. A colchicina é a terapia de escolha e demonstrou eficácia na prevenção dos episódios inflamatórios agudos e progressão para amiloidose em adultos; 5. Com base na informação disponível, o uso de medicamentos biológicos parece ser opção para pacientes com FFM que não respondem ou que são intolerantes à terapia com colchicina. To establish guidelines based on scientific evidence for the management of familial Mediterranean fever. The Guideline was prepared from 5 clinical questions that were structured through PICO (Patient, Intervention or indicator, Comparison and Outcome), to search in key primary scientific information databases. After defining the potential studies to support the recommendations, these were graduated considering their strength of evidence and grade of recommendation. 10,341 articles were retrieved and evaluated by title and abstract; from these, 46 articles were selected to support the recommendations. 1. The diagnosis of FMF is based on clinical manifestations, characterized by recurrent febrile episodes associated with abdominal pain, chest or arthritis of large joints; 2. FMF is a genetic disease presenting an autosomal recessive trait, caused by mutation in the MEFV gene; 3. Laboratory tests are not specific, demonstrating high serum levels of inflammatory proteins in the acute phase of the disease, but also often showing high levels even between attacks. SAA serum levels may be especially useful in monitoring the effectiveness of treatment; 4. The therapy of choice is colchicine; this drug has proven effectiveness in preventing acute inflammatory episodes and progression towards amyloidosis in adults; 5. Based on the available information, the use of biological drugs appears to be an alternative for patients with FMF who do not respond or are intolerant to therapy with colchicine.
Referência(s)