
AUTORIA DESLOCADA E AUDIOVISUALIDADES ENGAJADAS EM "BIXA TRAVESTY"
2021; Brazilian Society of Cinema and Audiovisual Studies; Volume: 10; Issue: 1 Linguagem: Português
10.22475/rebeca.v10n1.699
ISSN2316-9230
AutoresDaniel José de Castro Silva Zacariotti, Rose de Melo Rocha,
Tópico(s)Arts and Performance Studies
ResumoA partir da análise do documentário "Bixa Travesty" (2018), com roteiro dos cineastas Kiko Goifman, Claudia Priscilla e da atriz e cantora travesti Linn da Quebrada, com direção dos dois primeiros referenciados, problematizamos: a ideia de espaço de autoria/espaço autoral e o engajamento da obra fílmica em uma perspectiva implicada, notadamente em relação ao artivismo musical e às dissidências de gênero. Tem-se por pressuposto a compreensão do espaço do autor e do campo audiovisual como lugares de embate e disputas de poder; espaço este que, como aqui proposto, pode ser utilizado para percorrer um caminho de elucidação de uma possível autoria deslocada. Essa ideia de autoria deslocada, juntamente com a perspectiva de um cinema de sujeito, se daria de modo a ressaltar a potência narrativa do sujeito (re)apresentado - um caminho ético, estético e político de deslocamento de poderes. Em termos metodológicos, assumimos uma leitura expandida da produção audiovisual que considera as dinâmicas afetuais e políticas nela implicadas. Nossa chave de leitura, que é também uma perspectiva epistemológica, reconhece a centralidade do corpo na enunciação autobiográfica, na correlação com as audiências presumidas, e no próprio acionamento da materialidade fílmica.
Referência(s)