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A pele negra de Orfeu na literatura do século XX

2020; Volume: 22; Issue: 52 Linguagem: Português

10.5935/1981-4755.20210012

1981-4755

Marina Bonatto Malka,

Feminism, Gender, and Sexuality Studies

Este artigo tem o objetivo de analisar as duas obras homonimas que relacionam Orfeu com o negro descolonizado: Orphee Noir, prefacio de Jean-Paul Sartre no livro Anthologie de la nouvelle poesie negre et malgache de langue francaise (1948) e Orphee Noir (1959), filme de Marcel Camus. Para isso, investiga a etimologia e a simbologia do mito de Orfeu, faz um levantamento das obras que reelaboram esse mito no seculo XX no Brasil e na Franca e, por fim, analisa os Orphee Noir inseridos no contexto de independencias de paises africanos e do governo de Juscelino Kubistchek no Brasil. Nesta perspectiva, as reflexoes inserem-se em um esforco de perceber nao so a importância do Orphee Noir de Sartre para o Movimento da Negritude, mas tambem a do Orphee Noir de Camus para a cinematografia mundial, levando em consideracao a repercussao controversa de ambas as obras.