O «Gregorius der Gute Sünder» de Hartmann von Aue, à luz da Antropologia Augustiniana e da lenda de Édipo

1973; University of Lisbon; Volume: 6; Linguagem: Português

10.1484/j.euphr.5.127127

ISSN

2736-3082

Autores

António Freire,

Tópico(s)

Linguistics and language evolution

Resumo

Hartmann von Aue, Wolfram von Eschenbach, Gottfried von Strasburg e Walter von der Vogelweide formam o quadrunviro poético, sob cuja inspiração a poesia medieval atingiu o seu clímax pelos anos 1200. Das várías obras de Hartmann von Aue - Erec, der arme Heinrich, Iwein e Gregorius der gute Sünder- esta ultima é, talvez, a mais célebre e, certamente, a de maior actualidade e de maior transcendência filosófico-teológica. É também a que mais se prende com a antiguidade helénica, pela lenda de Édipo. A actualidade do poema «Gregorius der gute Sünder» aumentou a partir de 1951, quando Thomas Mann publicou o seu belo romance Der Erwählte, inteiramente inspirado no poema de H. v. A. Mais flagrante actualidade lhe comunicou o Dr. Alois Weimer, licenciado em Filologia Germânica e em Ciências Pedagógicas, quando resolveu apresentar à Faculdade de Filosofia de Braga, como dissertação doutoral, um profundo trabalho, de que acaba de publicar pequeno extracto. A tese de que «Gregorius der gute Sünder» de H. v. A. é exposição poética da antropologia augustiniana e da doutrina do mesmo doutor sobre o pecado original, bem como a asserção de que o conteúdo lendário do poema é nova expressão medieval da lenda de Édipo, parecem inconcussas. Falta explicitar um que outro ponto, particularmente nos aspectos do poema que mais se relacionam com as duas tragédias de Sófocles: Rei Édipo e Édipo em Colono.

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