Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

BIÓPSIA ENDOMIOCÁRDICA DE PACIENTES SUBMETIDOS A TRANSPLANTE CARDÍACO: ESTUDO DESCRITIVO DO PROCEDIMENTO E ANÁLISE HISTOLÓGICA DOS FRAGMENTOS

2005; Volume: 8; Issue: 1 Linguagem: Português

10.53855/bjt.v8i1.409

ISSN

2764-1589

Autores

Josué V. Castro Neto, Alexandre Ribas de Carvalho, Carlos Mendez Contreras, Reginaldo Cipullo, Marco Aurélio Finger, Paulo Chaccur, Mabel M. Barros Zamorano, Ricardo Manrique, Hélio M. de Magalhães, Jarbas J Dinkhuysen,

Tópico(s)

Cardiovascular Issues in Pregnancy

Resumo

Objetivo: descrever a técnica empregada, as complicações e as alterações histológicas de pacientes submetidos à biópsia endomiocárdica no pós-operatório de transplante cardíaco. Métodos: estudo transversal de 232 procedimentos de biópsia endomiocárdica do ventrículo direito em 38 pacientes que foram submetidos a transplante cardíaco entre janeiro de 2000 e dezembro de 2002. Os critérios de exclusão foram: óbitos hospitalares (sem realização de biópsia) e dados incompletos para preenchimento de protocolo. Resultados: A técnica empregada foi a da punção da veia jugular interna direita. O biótomo utilizado foi o de 2,2 x 510mm e a localização de sua ponta confirmada por fluoroscopia. Obtiveram-se, em média, 5,1 fragmentos por biópsia. Dez biópsias (4,3%) não foram interpretadas. Em 42 procedimentos (18,1%) não foi evidenciada rejeição (grau 0), segundo a classificação da sociedade internacional. Sendo que entre as rejeições, a mais comum foi a aguda, focal e discreta (grau IA) – 55 %. Até seis meses após o implante, o grau IA foi de 41,2% e o grau IB (difusa e discreta) de 32,4%. A partir do sexto mês, os graus foram de 56% e 12,5%, respectivamente. Ocorreram nove complicações (3,8%). A mais comum foi o hemopericárdio com necessidade de drenagem pericárdica (1,3%). Conclusões: A biópsia endomiocárdica do ventrículo direito foi um procedimento realizado com baixa morbidade, sendo a principal complicação o hemopericárdio. Pela avaliação do grau histológico de rejeição aguda, o principal tipo foi o grau IA, sendo 41,2% até seis meses e 56% após seis meses do transplante cardíaco.

Referência(s)