Artigo Acesso aberto Produção Nacional

A DEBUCALIZAÇÃO E A TEORIA FONOLÓGICA

2014; Volume: 2; Issue: 1 Linguagem: Português

10.54221/rdtdppglinuesb.2014.v2i1.41

ISSN

1808-7760

Autores

José Júnior Dias da Silva,

Tópico(s)

Linguistics and Education Research

Resumo

O presente trabalho investiga questões relacionadas à Debucalização e à Teoria Fonológica. Entende-se por Debucalização o processo fonológico no qual um determinado segmento deixa de ser produzido na cavidade oral e passa a configurar-se somente na região laríngea. Para tanto, são analisadas diferentes línguas – português brasileiro, dialetos do espanhol e nhandewa-guarani – no intuito de justificar a relevância do processo nas línguas e descrever as motivações fonéticas propícias para o aparecimento do segmento laríngeo. Nesse caso, é investigado o comportamento das consoantes fricativas alveolares e pós-alveolares (e), através de análises sincrônica e diacrônica que justifiquem o processo de variação/mudança desses segmentos para uma consoante fricativa glotal. É feita uma leitura desse processo bem como uma análise dos traços distintivos, com base na Fonologia Autossegmental, passando por modelos anteriores, como o Estruturalismo e o Gerativismo. O modelo de Geometria de Traços, proposto por Clements e Hume (1995), o mais usado no Brasil, não contempla a debucalização porque, ao perder o nó cavidade oral, o traço [contínuo] não encontra uma ancoragem na representação arbórea, o que faz com que a configuração geométrica fira determinados princípios da teoria. Motivado por isso, são discutidos os conceitos do traço [contínuo], de segmentos consonantais e vocálicos, defendidos pela teoria e seu papel nas oposições fonológicas das línguas. Também é analisada a viabilidade de diferentes modelos autossegmentais – MOHANAN (1983), CLEMENTS (1985), SAGEY (1986), McCARTHY (1988), KAISSE (1992), CLEMENTS E HUME (1995), HALLE ET alii (2002) – em relação à representação do processo, na tentativa de encontrar um modelo que o melhor represente. Nesse caminho, encontram-se problemas nas definições teóricas que fazem com que os modelos tornem-se insuficientes para tratar a debucalização. Como citar: SILVA, José Júnior Dias. A debucalização e a teoria fonológica. Orientadora: Consuelo de Paiva Godinho Costa. 2014. 87f. Dissertação (mestrado em Linguística) – Programa de Pós-graduação em Linguística, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista, 2014. Disponível em: xxxxxxxxxxxxxxxx. Acesso em: xxxxxxxx

Referência(s)